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domingo, 1 de maio de 2016

Dia da mãe 2016





Sim, sou tua mãe. Nunca me escondi de ti tal como sou, em todas as circunstâncias. Conheces tudo de mim, o melhor e o pior. Lês-me como ninguém e somos feitas destas partilhas alegres e tristes.
Os meus olhos vêem tudo em ti. Amamo-nos desde sempre, desde o princípio dos tempos. de todas as vidas..
Um dia, a flor murcha que serei, guarda-a num qualquer livro. Estarei sempre lá.
Porque te amo infinitamente desde a terra até ao céu.
Minha sempre Coelha.










quarta-feira, 17 de junho de 2015

Vai-se andando.

 
 


Depois de ter decidido deixar os anti depressivos, ter estado quase entrevada com uma vértebra a fugir do sítio a apanhar o nervo ciático, quase sem andar, agora uma dor horrível no olho e ouvido esquerdos há quase 15 dias.
Pode ser uma constipação localizada pelo frio que apanhei nos dois últimos fins de semana. Mas, sendo que sou dada a entender que as dores físicas vêm do lado emocional, resolvi voltar ao dicionário das doenças emocionais e falar do assunto numa aula de Chi Kung, cujo professor é uma pessoa extraordinária com uma grande e enriquecedora história de vida.
"Receitou-me" uma meditação de auto hipnose, que com as costas funcionou e comecei a fazer com o olho. Parece estar a melhorar. De facto há coisas que já não tento explicar a ninguém, não tento "evangelizar", cada um tem o seu caminho e adequa-o ao seu destino. Até porque nem todos estamos no mesmo plano evolutivo e, assim como há pessoas não preparadas para entender, há outras que já têm um caminho com o qual se identificam. Portanto, cada um na sua.
E tem sido curioso descobrir coisas que pensava resolvidas. Vêm flashes de situações da infância, raivas amordaçadas há muitos anos, pedidos de perdão no fundinho da alma. Tudo é válido, tudo deve ter a devida atenção. Entender, aceitar, resolver e deixar ir.
Consultei também um osteopata pela primeira vez, em terras estranhas. Excelente!!
Assumi de uma vez por todas que tenho resistência à mudança, que não resolvo as minhas diferenças com o lado materno, que a idade, velhice e doenças me assustam, o esquecimento, o abandono e o julgamento, que eu imagino que os outros fazem de mim, bloqueiam-me. O caminho não tem volta, mas pode dar-se a volta ao caminho.
Deixo-vos um texto que" roubei" e que leio todos os dias.


Existo como soy, con eso basta,
y si nadie lo sabe, me doy por satisfecho. Lo mismo que si todos y uno a uno lo saben.
Hay un mundo al que tengo por el mayor de todos, que soy yo y, que lo sabe.
Si llego a mi destino, ya sea hoy ya sea dentro de millones de años, puedo aceptarlo ahora o seguir aguardando, con igual alegría....

WALT WHITMAN, Canto a mí mismo




sexta-feira, 8 de maio de 2015

Podia pôr esta merda entre aspas e dizer que era de autor desconhecido.





A minha vida não é prazer é obrigação. Queria dizer tudo como os malucos, sem filtros nem auto censura. Rasgar o peito, soltar as emoções, gritar o que que quero e sobretudo o que não quero. Apetece-me despachar esta merda. Respirar. Que me sinto a gastar um tempo fora de prazo, apodrecido. Este que passa na correria de tratar de todos, de ser compreensiva com todos, de aguentar tudo com o sorriso 46 e ainda dormir sem insónias. Porque há que acordar bem dispostinha, para continuar a inutilidade do dia seguinte. Igual aos outros todos. Já me estou a martirizar, porque penso que sou uma ingrata, que há muito pior que eu na sua realidade. Pois...mas hoje e agora, quero mesmo é que se fodam.
Pergunto-me como pode alguém ser feliz ao meu lado...
Sou responsável pela carga pesada passada à minha filha, nesta constante ansiedade em que me sinto.
Quis suicidar-me um dia... há muitos anos. Talvez tivesse sido melhor para todos e não tivesse ela de carregar com uma história feia de uma mãe infeliz. História também dela, gravada no ADN sem necessidade.
Estou negra, muito negra. Nestes dias odeio tudo. Caguei nos antidepressivos, nas artimanhas para adormecer a existência.
E qual caminho, qual merda!!! Vai dar à morte, vazia e fria. Tal como a puta da vida cheia de ilusões.






terça-feira, 7 de abril de 2015

Harley Davidson (em Mérida)



 
 
 
 
Costumamos parar para comer qualquer coisa e já que é de plástico, pois que seja num sítio agradável.
Ali em Mérida há um destes bares, com a respectiva loja e tal.
Ao entrar, começa logo mal, que em vez de rock do bom, levamos com "regetón"

( El término “reguetón” es la forma adaptada al español a partir de la raíz del vocablo “reggaetón”, este a su vez viene de la palabra “reggae” y el sufijo “tón”. Fue acuñado por el productor panameño Michael Ellis en Puerto Rico en 1988.[7] [8] Según el artista Gringo el Original el término significa “reggae grande”:)

Quase para vomitar antes de comer....

Depois vem a ementa.

- Hola.
- Buenas.
- Queremos una hamburguesa Extrem....otra chicken little...una ensalada mixta...
- Como?
- Una hamburguesa Extrem (com sotaque)....
- Ahhhhhh Extremeña!!! Habla en español que no tengo tiempo.
Sobrancelha no ar, sorriso 35 (aquele sem sorrir) e apontei com o dedo.
- Este, este e esta. Gracias.


Depois meti-me no carro e na Kiss FM estava a dar "Campos Dorados do Éstin" ou seja, Fields of Gold do Sting.

É quando caio em mim.... e opto pelo CD do Paul Simon.






segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Do amor, esperam-se milagres

 
 


Tenho por norma não abrir a porta a ninguém que não me tenha avisado que vem a minha casa. Manias antigas. A excepção é mesmo o carteiro, não vá de ter de assinar alguma coisa.
Hoje e pela insistência do cão resolvi abrir.
Era uma senhora a fazer um peditório para levar uma menina com cancro para o México. Os médicos deram-lhe 4 meses de vida, mas há um feiticeiro muito bom por lá, que a família quer consultar e  tentar.
A avó fez umas coisinhas para vender e angariar fundos. Serpentinas enroladas de várias cores, envoltas em papel celofane com coraçõezinhos.
Conto do vigário, fé, amor...pouco importa.