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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ainda há príncipes encantados ( e eu sou lamechas)

Sem promessas impossíveis nem juras ridículas aos pés da cruz, para mim será até que a morte nos separe.


Os meus olhos da cara e da alma estavam cegos. Nem me lembro como acordava todos os dias e porquê. Nada fazia sentido. Nada valia a pena. Entre ataques de pânico, fobias várias, etc, segurava-me a minha filha por um fio quase invisível. Esperança no futuro e nos Homens era impossível ou não fosse tudo uma grande mentira. Descrente da vida e do amor acreditava piamente (isso sim) que tudo o que amasse e tocasse desapareceria para sempre.
Mas, eis senão quando, apareceu um príncipe.
Encantado? Hum....Meio sapo, devo dizer. Não era alto espadaúdo, com olhos verdes e tal. Mas era um príncipe! Com valores, princípios, seriedade, tranquilidade. Um a sério. E viu-me lá no limbo em que me encontrava. Lá muito ao fundo.

Nesta caminhada de 14 anos lado a lado, resgatou-me e à "coelha" sendo pai, amigo, companheiro de todas as horas, a nossa âncora.
A gratidão foi-se misturando com ternura, cumplicidade e nasceu um amor tranquilo conquistado e alimentado dia após dia. Ambos com forte personalidade, mas corações muito grandes. Não é tudo mágico, estou longe de ser perfeita e livre de "pecado" mas sou fiel ao que sinto e tenho e isso basta-me.

Enquanto escrevo estas linhas passa na rádio "Tudo o que eu te dou" a nossa música.
Ele há coisas....

Não faço ideia se ele acompanha o meu blog, mas sim, é uma declaração de amor.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Votos para 2012 (Ele sabia das coisas)


"Não te acostumes ao que não te faz feliz, revolta-te quando julgares necessário.
Alaga o teu coração de esperanças, mas não deixes que ele se afogue nelas.
Se achares que precisas voltar, volta!
Se perceberes que precisas seguir, segue!
Se estiver tudo errado, começa novamente.
...Se estiver tudo certo, continua.
Se sentires saudades, mata-as.
Se perderes um amor, não te percas!
Se o achares, segura-o!"

Fernando Pessoa

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Foi Natal

Tradição cumprida esta de voltar à terra como bom emigrante, daqueles que podem dar-se a esse luxo, pela proximidade da terra alheia.
Esquecendo a ansiedade, as pressas, blá, blá, blá... foi simplesmente delicioso!
As partilhas, os abraços, o calor de quem se ama, rever amigos 10 anos depois e sentir que foi ontem que os vimos pela última vez.
Não quero esquecer nada, cada sorriso, cada expressão, os cheiros, as parvoíces...tudo.
Estou mesmo a pensar num Natal em Março, quem sabe?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Outros Natais ( Re-post)

Ando a evitar falar de Natal. Com toda a hipocrisia que se exerce nesta altura, apetece-me cada vez menos.
Deixo-vos o que escrevei o ano passado, já que se mantém o que penso e sinto.



Depois dos natais em Moçambique, que se passavam com a famíla do coração, aquela que escolhemos, os natais da adolescência ficarão para sempre na memória e são os que me fazem sentir que amar vale a pena.

Sinto a magia nas ruas, preparo a casa a condizer com a época e fico cheia de vazio. Longe vai o tempo em que era a festa da família, dos reencontros, dos afectos e até das discussões causadas pelos mais "ranhosos"( sim, que em todas as famílias há um ou dois).
Os meus pais começavam muito cedo a juntar os tostões para a célebre viagem, (andámos sempre longe) para o meu presente ( umas calças de ganga compradas na 1ª de Dezembro em Lisboa ) e para ajudar nos acepipes da consoada.
Àquela casa à beira mar, onde a maresia se pegava às janelas, íamos chegando. E cabiamos muitos. Irmãos, cunhados, sobrinhos, netos. Dormíamos onde fosse preciso, onde coubesse mais um colchão improvisado à última hora. Era divertido, acolhedor e ninguém se queixava.
Metíamo-nos no carro e fazíamos muitas horas pela Nacional 1. Parávamos para o farnel (pataniscas de bacalhau e café) e afins. Aprendia como se chamavam as árvores, que plantas tinham flores amarelas, os nomes dos pássaros. Lembro-me do presépio de Alenquer ali mesmo a beijar a estrada e, que o meu pai, não deixava que eu perdesse porque me acordava caso eu tivesse adormecido.
A casa e respectivos anfitriões, era sobretudo farta em sorrisos, abraços e mimos. Eram os melhores presentes.
Começava a azáfama, as roupas saídas dos armários a cheirar a alfazema. Os fritos...hummmm o forno aceso...Tudo guardadinho na memória olfactiva.
Desde a partida da avó Tucha (Gertrudes) foi o princípio do fim desses natais.Ter crescido, também. E depois a passo curto foram partindo outros. Fomos tentando manter algum desse espírito e alguma dessa magia que acabou de vez quando os donos daquela casa também  se foram. Por muito que nos vejamos (os que sobram) e muito pouco pela parte que me toca por estar longe, nada será como foi um dia.
Cada vez mais me apetece ir para a cama às 22h00. Esquecer-me que naquele dia e há muito tempo fui feliz. Mandar tudo à fava.
Faltam-me o Fernando, a tia Lourdes, o Jorge, a avó Tucha, o padrinho Pedro, a madrinha Zézinha (estes dois os donos da casa) o meu pai...
Ouvi dizer que celebram o Natal juntos e que esperam por nós com a mesa posta. Quando esse Natal chegar só vou querer beijos, abraços e mimos.
Por enquanto continuo a viajar rumo a Portugal.
Dissolvo as minhas lágrimas naquele mar de saudade, no sítio daquela casa onde agora moram as memórias.

Entretanto, tudo mudou e para pior. Já falta mais um, o tio Raúl. Além disso , há pessoas muitos más à minha volta. Pessoas prepotentes, falsas, que se alegram com as tristezas dos outros,  que passam impunes nesta vida e que infelizmente não posso evitar.
Datas que saltaria com todo o prazer.

Feliz Natal para todos!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fumeiro!!


Ando sem inspiração, nem paciência. Não por falta de assunto, mas já há tantos "experts" a opinar com propriedade (ou nem por isso), que diga eu o que disser não acrescenta nada de bom, mau ou assim-assim ao mundo.


Portanto...cá estou  a encher chouriços!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A minha terra

Sou alfacinha, ausente da minha terra natal agora e, quase sempre. A vida levou-me para outras paragens, uma e outra vez, muitas vezes.
Fui feliz em quase todos os sítios por onde passei e o quase é porque não morro de amores por esta terra onde me encontro. Esta cidade, estas gentes. Vivo cada vez mais entre as minhas paredes, com as minhas memórias, fingindo ter uma vida. Mas é o que tenho, portanto vou fazendo o que posso, sem me poder queixar.
Neste momento, tenho uma amiga querida a bordo de um avião a caminho de Maputo. Tenho dor de barriga, lágrimas nos olhos, euforia tonta como se fosse minha a viagem, como se estivesse sentada naquele avião ao lado dela.
Preciso de lá voltar, na companhia certa, aos meus sítios, longe de resorts de ilhas paradisíacas. Ilha, Nacala, Nampula... Algum dia será!
Não nasci naquele país, mas foi onde fui verdadeira e intensamente feliz. De onde me lembro de cada momento, de cada cheiro de cada nascer do sol. Talvez porque na infância a ingenuidade e inocência me permitiram toda essa magia. Ou porque sim e pronto. África é magia!
Não vou falar de politiquices. Não vale a pena. Já desisti que me entendam. Já fui, sou, uma retornada. Sofrimento a mais para muitos como eu, mas achando sempre que todos os povos têm direito à sua autonomia, cultura, etc.
Agora só estou desejosa que a minha amiga dê notícias e diga:

Cheguei!! Cheira a TERRA.




sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Porque gosto dele que se farta

"Nós somos casas muito grandes, muito compridas. É como se morássemos apenas num quarto ou dois. Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas."


Aqui há dias, estava eu já esquecida, quando recebo uma mensagem de uma amiga virtual querida de morrer, que sabendo o quanto eu gosto dele me lembrou que estava a dar uma entrevista na TV. Bem que a entrevista podia ter sido feita por outra pessoa, mas vá.
Corri para o primeiro bocado de papel que encontrei e fui apontando.

A propósito de uma foto sua de infância.
"Quando olho para esta foto o menino pergunta-me: O que fizeste da tua vida?"
"Nascemos sozinhos...morremos sozinhos. Ninguém se pode pôr no nosso lugar. Só posso perguntar: que faria se estivesse no meu lugar?"
"A partilha diminui o infortúnio."
"Não gosto de substantivos abstractos: Por exemplo, fala-se tanto de humanidade e depois não se gosta dos homens. Palavras vazias."
"Os bons livros são os que falam de nós..."
"Não há ateus"
"A minha relação com Deus é muito conflituosa"
"Não faço planos para escrever, a minha mão anda sozinha..quem a faz andar?"
"Quando estive doente, sentia que estava grávido da morte."
"Quem aposta no futuro, já se resignou a perder o presente."

Obrigada Aninhas.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ilusões, uma faca de dois gumes.

Embora tenha este filme, evito vê-lo. Lembro-me que no cinema chorei tanto que saí quase cega, com dor de cabeça. Este sábado passou na TV e fui ficando...Asneira!!

Faz-me lembrar daquilo que quero esquecer: que não sou livre!
Que as minhas ilusões, as castro à nascença. E que vivo noutras...pobre de mim.
Que por muito que o meu pensamento seja de facto livre, não me chega e engana-me.
Que estou sempre só.
Que "infringir as leis" é reconfortante. Alimenta.
Que não passo de uma farsa.
E que tudo isto dói.



domingo, 30 de outubro de 2011


"Perdí-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto,
É com saudaddes de mim"

Mário de Sá Carneiro

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ainda sobre o concerto dos Coldplay

Não gosto de visitar coliseus (sinto-me muito mal), nunca fui a uma tourada na vida, nem penso ir.
Praça de Touros???? Ok, são os Coldplay, não vou pensar nisso.
Se ir ao cinema é mau por estes lados (sim o Brad Pitt fala castelhano que é uma maravilha, ainda que com outra voz (!), um concerto é lindo (not). E eu sou tramada, porque não me passa nada despercebido, que posso fazer?
Só vos digo, ainda bem que os rapazes têm muitas músicas com lá, lá, lá...ohhhh,ohhhhhhhh, uhhhhh, uhhhhhh....
É que é a única letra que as criaturas sabem cantar.
Ah, à entrada deram-nos um lenço branco que não percebemos para que era.
Afinal foi-nos pedido pelo Chris Martin que o mantivéssemos na mão. O efeito foi realmente fantástico.
Parecía o adeus à virgem...mas em bom.

Imparável !!!


Noite de viagens




Divirtam-se!

Toledo Mágico

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Longe de casa com o Tejo aos pés.





Preparo-me para um fim de semana em Toledo, que se adivinha fantástico.
Desde o centro da cidade entre muralhas, o passeio nocturno pela rota dos Templários com direito a visitar grutas como " A Arca da Aliança" as "Grutas de Hércules" onde se ensinava a alquimia, magia e tal, até a uma visita guiada pelos lugares da inquisição.

Estou em pulgas!!

Bom fim de semana.
Que o sol dos dias vos acompanhe.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um ditador a menos...e a seguir?

Não me congratulo com a morte de nenhum ser humano. Que o homem foi uma besta com olhos, é verdade. Mas com este grau de selvajaria e o calibre das atitudes, duvido que haja democracia que resista.
Infelizmente!

Quem com ferros mata com ferros morre...



domingo, 16 de outubro de 2011

Emptyness

"Quando a mente está a ponto de se extraviar, chega ao conhecimento do ser e do não ser. Por isso, só quando uma coisa chega ao seu limite, pode conhecer o regresso."
Lie-Tse

terça-feira, 11 de outubro de 2011

As marcas da vida deixadas no barro.




Três feiras depois e já que estou de férias, decidi hoje ir mais cedo para consultar o "Bruxo do barro". Deparei-me sempre com uma fila imensa e com a minha conhecida falta de paciência, nunca me apeteceu esperar. Tal como previsto, hoje tinha 3 pessoas à frente.
Adoro estas coisas. Acredito em muitas, deixo-me guiar por outras quantas.
Mas uma apreciação da minha personalidade através das marcas deixadas num bocado de barro que apertei, nunca tinha visto. Foi surpreendente, revelador pela verdade, toda a verdade que escondo de mim mesma. Incrível! Desde neurologia a psicología, intuição pura e dura falámos de tudo.
E vim para casa intranquila, o que acho óptimo. Trago "trabalhos de casa" que sei ter de fazer, que vou adiando...Mas tem mesmo de ser. Como diz no cartaz, passa também por acreditar mais em mim.

Trouxe o meu Corrupie. Está a secar ao sol.

sábado, 8 de outubro de 2011

"La loca de la Plaza"




"Te cuentan en Buenos Aires los jardineros con alma,
que a esa dulce viejuchita, que a la loca de la plaza,
le hicieron la plaza encima porque ella está allí sentada
desde mucho tiempo antes que a la plaza inauguraran.

El sol le entibia las manos con pañuelitos naranjas
y en sus párpados hay verjas y hay una luna cuadrada.
Por la noche le revuelven el corazón las estatuas
y su amor hace una suelta de nostalgia enamorada.

La loca tiene la boca llena de niebla y, si canta,
se suicida un organito dramático en su garganta
repitiendo y repitiendo un viejo nombre, a mansalva,
ese nombre que le deja fosforescente la cara.

Los caminitos placeros de lado a lado la pasan
y le pasean por dentro las pibas enamoradas,
entonces le queda toda la chifladura valseada
y baila con el recuerdo del que no vino a buscarla.

Por eso tiene en el pecho glorietas abandonadas
y hay un charquito tristongo que la ve, cada mañana,
enterrar su propia sombra en un destello del agua
dolida y cristianamente, como se entierra a una hermana.

Te cuentan, cuando se encurdan, los jardineros con alma
que por esa viejuchita se han puesto negras corbatas
porque hace mucho, esperando, se quedó muerta sentada,
pero nadie se lo ha dicho a la loca de la plaza."


Horacio Ferrer

Secrets





Olha, ganhei um presente  e um desafio da minha querida Ana http://anaeavida.blogspot.com/
As regras são :

1. Qual o segredo que tu guardas a sete-chaves para todos aqueles que te  conhecem?
Se tenho segredos??? Pensando bem, acho que não, porque há pelo menos 2 pessoas neste mundo que sabem tudo sobre mim. E depois, partilhar um segredo é delicioso e guardar um é ainda melhor. 
2. Se tivesses 48 horas de vida , o que tinhas obrigatoriamente de fazer?
Estar com os que amo ao pé do mar. Guardava alguns minutos para pessoas especiais que vejo pouco, mas a minha filha seria sem dúvida a minha prioridade. 
3. Passar este selinho a dois blogs.
A minha estrela maior
Coisas de feltro






quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Situações embaraçosas, sentido do ridículo e por aí fora.


Quem não passou já por situações no mínimo estranhas que se acuse. Desde a sala de espera do dentista em que o pessoal está todo de sorriso literalmente amarelo, à do psiquiatra em que fingimos que lemos uma revista enquanto pensamos se o gajo do lado tem uma faca no bolso e de repente avaria-se-lhe a mola, um espermograma por exemplo, (agora tem de encher o frasquinho) ou outras bem mais graves como acompanhar um doente oncológico a uma consulta que sabemos decisiva, fazer o sorriso 37 (sabe-se lá com que tomates) e dizer com cara de parva: Vai correr tudo bem!
Lembrei-me hoje da enfermaria onde estive quando nasceu a minha filha, 9 mulheres todas cozidas até às entranhas ( lembro-me de pedir ao médico que não cosesse tudo) e que todas as manhãs estavam de perna aberta, tudo ao ao léu para a visita do ginecologista. Lindo de se ver! E irmos todas para a mesa comer, mas ajoelhadas na cadeira, que isso de sentar, vai lá vai, mas que como é comum a todas, ok, a coisa banaliza-se e passa tudo, a vergonha o pudor.
E tantas coisas mais...
Isto a propósito de balneários de ginásios. Simplesmente deprimente. Traumatizei, hoje.
Habitualmente não ligo, estou-me nas tintas para quem se despe e veste, para quem toma banho ou nem por isso, se tenho celulite e...que horror, agora aquela mongas tá a olhar para mim...
Pois hoje dei comigo a analisar o fio dental, a tanga ou como lhe queiram chamar. Já algum tempo que tinha percebido que o gajedo anda todo de fio dental.
Nada contra, há rabos lindos onde um fio dental fica a matar, ou ocasiões especiais ou roupas que estão mesmo a pedir decrição etc.
Mas depois há os rabos flácidos (tapem-nos sim?) os tipo bolacha que não se sabe muito bem onde pôr a porra do fio e as bundas em que se calhar era melhor nem pôr nada mesmo, porque simplesmente desaparece.
E como dizem por aqui:
"En el culo, lo justito"
E como costumo dizer eu: converseta de ir ao c*!!!!

Não ando bem, eu sei.

Único Mia Couto




"PARA TI

Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
...
toquei no nada
e para ti foi tudo


Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre


Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só olhar
amando de uma só vida"


Mia Couto in “Raiz de Orvalho & Outros Poemas”

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rainha ou rameira?





Aproxima-se a minha festa de eleição por estes lados, a Feira Medieval. Cinco dias maravilhosos, para os quais já pedi férias. As ruas tranformam-se, os cheiros a especiarias, chás, crepes de chocolate, as barraquinhas de velharias, os bruxos, os doces. Com sorte até o Quixote aparece acompanhado do seu amigo Sancho.
Estou tentada a alugar um traje a condizer e passear assim pela cidade.
Mas assalta-me a dúvida: Rainha, rameira, bruxa, camponesa...... fico bem em qualquer papel...
Eheheheh!!

Marcas



 
 
"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre."


Cecília Meireles

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Introspectiva





"LOST: Yesterday, somewhere between sunrise and sunset, two golden hours, each set with sixty diamond minutes. No reward is offered, for they are gone forever."
~Horace Mann

sábado, 1 de outubro de 2011

I'll be waiting


3 palavras:

A DO RO!!



Hold me closer one more time,
Say that you love me in your last goodbye,
Please forgive me for my sins,
Yes, I swam dirty waters,
But you pushed me in,
I've seen your face under every sky,
Over every border and on every line,
You know my heart more than I do,
We were the greatest, me and you,

But we had time against us,
And miles between us,
The heavens cried,
I know I left you speechless,
But now the sky has cleared and it's blue,
And I see my future in you,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you,

Let me stay here for just one more night,
Build your world around me,
And pull me to the light,
So I can tell you that I was wrong,
I was a child then, but now I'm willing to learn,

But we had time against us,
And miles between us,
The heavens cried,

I know I left you speechless,
But now the sky has cleared and it's blue,
And I see my future in you,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you,

Time against us,
Miles between us,
Heavens cried,
I know I left you speechless,
Time against us,
Miles between us,
Heavens cried,
I know I left you speechless,
I know I left you speechless,
I'll be waiting,

I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll do everything different,
I'll be better to you,
I'll be waiting for you when you're ready to love me again,
I put my hands up,
I'll be somebody different,
I'll be better to you.

Music







Run away




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Serrat





"Dondequiera que estés,
te gustará saber
que por flaca que fuese la vereda
no malvendí tu pañuelo de seda
por un trozo de pan
y que jamás,
por más cansado que 
estuviese, abandoné
tu recuerdo a la orilla del camino
y por fría que fuera mi noche triste,
no eché al fuego ni uno solo
de los besos que me diste.

Por ti,
por ti brilló mi sol un día
y cuando pienso en ti brilla de nuevo
sin que lo empañe la melancolía
de los fugaces amores eternos.

Dondequiera que estés
te gustará saber 
que te pude olvidar y no he querido,
y por fría que sea mi noche triste
no echo al fuego ni uno solo
de los besos que me diste.

Dondequiera que estés....
si te acuerdas de mi."

Joan Manuel Serrat

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mudança de ciclo


Sim, sou daquelas pessoas a quem as mudanças de estação interferem com o humor, a força anímica, etc.
Como se não bastasse, junta-se uma mudança (odeio mudanças) de instalações no trabalho (para melhor, diga-se) e uma virose com dores de cabeça fortes, intestinos avariados, dores de corpo, estado febril. Muita água, paracetamol, descanso. Mas claro, não posso parar, tenho a mãe para cuidar e amanhã lá estaremos no hospital para os resultados dos exames.
E assim, sem paciência para nada, começo o meu Outono.
Desejo que o vosso tenha começado melhor.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cemitério de girassóis. Como os admiro!


Já não procuram o sol. Conformados com o destino, olham agora para o chão, para a terra mãe e sábia, o fim inevitável. Ou será o princípio?
Tenho tanto que aprender com eles...

Cemitério de girassóis

domingo, 25 de setembro de 2011

10 anos depois


Claro que tinha de ficar doente. Fortíssimas dores de cabeça e um mau estar geral, embora sem febre.
Mas não me rendi (ainda) e lá fui  (com os analgésicos e antipiréticos na mala) fazer um fim de semana numa estância entre vinhas oferecido ao Paulo em Maio aquando do seu aniversário e usado agora em modo de celebração de uma data importante nas nossas vidas. Escolhemos um sítio não muito longe de casa, que isto de ter uma mãe velhota e filhos adolescentes é complicado. Just in case.
Fomos até Castilla la Mancha, ao Complexo Enoturístico "Finca la Estacada". Com Spa, piscina ao ar livre, vinhas a perder de vista, visita à adega, prova de vinhos e comida excelente.
Resolvemos sair e dar um passeio pela região que regra geral é desértica, inóspita e neste princípio de Outono revelou-se  com uma  paisagem ainda mais triste. Como sempre, encontro beleza em tudo e tento sempre ir mais além do que os olhos vêem. Uma das paragens foi o castelo de Belmonte, que aparece altaneiro saído do nada como se tivesse sido plantado. Os campos de girassóis, já secos, a vindima feita, aldeolas quentes, pobres e sós.
Aqui vos deixo algumas fotos.









quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Falta de chá, de educação ou de lenços?



Ele, o seboso, está constipado, a assoar-se com as mãos (acredito que vai acabar o dia com o cabelo verde) e insiste em "prantar-se" em cima da minha mesa, a tossir para cima de mim, a mexer nas minhas canetas, agrafador e tal.
Ainda por cima, em cada 10 palavras aproveita-se meia, de tanta incompetência junta. Como se falar muito lhe conferisse algum tipo de status.
Garanto que isto vai acabar menos bem... vai, vai!

domingo, 18 de setembro de 2011

Dor



Tudo o que tenho dentro e de que sou feita dói! Se é mau é desespero, se é bom é saudade... 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Amor antigo


"O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor."


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ausência

Escrito a 24-08-2010

 

 
Do fundo do meu ser
exala o teu odor,
como a terra molhada nos dias de chuva.
A tua ausência, está presente
nos ecos da memória
e  procuro-te em cada pétala de flor
em cada vôo dos pássaros
em cada onda do mar
em cada nascer do sol.
Adormeço a sussurrar o teu nome
e acordo com o teu chamado.
Tenho medo que o tempo te apague
E piso a vida... à espera.
Sei que estás onde não sei...
Envergonho-me, porque não sei quem és!
 
 
 
 

Organizem-se!





Voltámos à rotina com mais um elemento na famíla, o meu enteado mais velho. Vem acabar o curso de arquitectura em Madrid.
Uma azáfma. Tratar de papéis, compras do Ikea a entrar pela porta, gente a acordar cedo e a água do banho que não é o que era.
Mais a mãe a fazer exames médicos, o gato que aprendeu a fugir para o quintal do lado e a vizinha "assusta-se" (sim, que o meu Pikles parece um tigre ameaçador)...
E ainda mudança de instalações da empresa, caixas, documentos e afins.

A minha vida parece passada num formigueiro, mas muito menos organizada.
Que canseira. Chiça!!!