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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Porque gosto dele que se farta

"Nós somos casas muito grandes, muito compridas. É como se morássemos apenas num quarto ou dois. Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas."


Aqui há dias, estava eu já esquecida, quando recebo uma mensagem de uma amiga virtual querida de morrer, que sabendo o quanto eu gosto dele me lembrou que estava a dar uma entrevista na TV. Bem que a entrevista podia ter sido feita por outra pessoa, mas vá.
Corri para o primeiro bocado de papel que encontrei e fui apontando.

A propósito de uma foto sua de infância.
"Quando olho para esta foto o menino pergunta-me: O que fizeste da tua vida?"
"Nascemos sozinhos...morremos sozinhos. Ninguém se pode pôr no nosso lugar. Só posso perguntar: que faria se estivesse no meu lugar?"
"A partilha diminui o infortúnio."
"Não gosto de substantivos abstractos: Por exemplo, fala-se tanto de humanidade e depois não se gosta dos homens. Palavras vazias."
"Os bons livros são os que falam de nós..."
"Não há ateus"
"A minha relação com Deus é muito conflituosa"
"Não faço planos para escrever, a minha mão anda sozinha..quem a faz andar?"
"Quando estive doente, sentia que estava grávido da morte."
"Quem aposta no futuro, já se resignou a perder o presente."

Obrigada Aninhas.

1 comentário:

Paula disse...

Foi uma entrevista deliciosa