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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Aos 22




Naquele tempo, entre um amor e outro, trabalhava eu na Singer do Rato (hoje fechada e abandonada) era Agosto, fazia calor e eu sentía-me só. Estava longe dos meus pais, por opção, mas reconhecendo já, ter feito uma grande e absurda asneira nessa minha escolha.
Valiam-me os amigos, (tenho tido sorte).
Estava eu distraida, perto das 18.00 quando me entram pela porta o CD e o NA, com ar feliz que lhes era característico. Também eles muito amigos um do outro, como irmãos, dos que se escolhem na vida.

Esperaram que eu saísse, levaram-me a jantar à quinta de Sto. António e depois fomos dançar para o Indelével do Marquês. Lembraram-se de mim! Absolutamente fantástico.

Lembro-me que passou esta música. Que dançámos feitos doidos, que rimos muito até doer tudo.
Uma lágrima doce chega-me agora aos olhos. Que raio nos aconteceu?

O NA foi-se embora de vez...um dia a rádio anunciou que uma avioneta tinha caído ao largo da Madeira. E ele estava lá. Deixou-nos tão órfãos...

O CD, perdeu um filho, perdeu um casamento, perdeu tudo (ou quase, ou não valoriza o que ainda tem, ou...sei lá)

Ai a vida.

2 comentários:

Ana disse...

Aconteceu-vos a vida, precisamente.
Entendo a tua nostalgia, amor :)
Beijos.

Luísa Lopes disse...

Bolas, deu-me cá com uma força!
Beijo!