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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Fundão

 
 



O Fundão tem uma energia estranha. Parece que toda a beleza das serras, rios e riachos, não chega para compensar o sofrimento das gentes. Talvez por se situar na Cova da Beira e se chamar Fundão. Há ali um fatalismo que não sei explicar. Uma herança "maldita" que passa de geração em geração.
Faz-me sentir em casa, mas parece que não sei onde tenho os utensílios e a impotência para resolver as coisas instala-se. Mas fiz o que melhor sei, dei tudo e construi memórias para mim e para os que me acolheram. Rimos e chorámos. Partilhámos vidas e anseios. E sei que que há ali gente de garra, que não desiste, que luta dia após dia e ainda olha para o céu.
Precisava de sarar algumas "feridas" do passado. Eu sabia, sentia e, a oportunidade apareceu. Há abraços inesquecíveis, sorrisos lindos que disfarçam o sofrimento nem que seja por umas horas. Recordações comuns e muito amor.
Cada um à sua maneira deixou-me mais rica mais segura de que vale a pena semear afectos.
Mantenham a vossa essência intacta. O que vos caracteriza e nunca me desilude.
Amo-vos e espero voltar.

Ah, a borboleta branca foi comigo.




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