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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pode ser do Mercúrio retrógrado ou do desmame dos antidepressivos ou do raio que me parta, ou da puta que me pariu


 
 


Eis que passou meio 2014.
Ando mais amargurada que o costume, a sentir-me sem forças, sem luz nem brilho. Ele á a menopausa a aproximar-se com algumas transformações para além do óbvio, um inverno em que me surgiram as primeiras dores articulares, tomadas de consciência, crises existenciais, desilusões (culpa minha obviamente,  porque elevo a fasquia em assuntos que não dependem de mim).
Talvez a melhor definição seja sentir-me prisioneira, o que não é nada saudável para o meu orgulho e sanidade mental. Sim, sou orgulhosa qb. Mas há situações em que me sinto morrer devagar, como se nada fizesse sentido e estivesse numa outra dimensão, num universo paralelo.
Entrincheirada num mundinho que é a minha realidade, mas que me deixa profundamente infeliz.
Preciso de um sítio onde possa gritar, falar sozinha, meditar e depois da baba e ranho ter encontrado o caminho e a solução. Ainda haverá esse sítio? Haver há, mas sou o capitão que não pode abandonar o barco, embora me apeteça que ele se afunde.
Lembrei-me agora do meu querido amigo Nuno Azevedo ( tenho saudades tuas), que há 30 anos me aturou uma bebedeira de dor de corno e me dizia enquanto me levava a casa: " Crises existenciais aos 20 anos, francamente!"
Feliz foi ele, um dia em que foi voar e por lá ficou. Disseram que a avioneta se despenhou ao largo da Madeira, mas para mim ele foi direitinho para o céu. Nunca apareceu.
Pois é amigo, aqui estou eu, com conversas de merda, armada em desgraçadinha.
Se calhar vou beber um gin.
Show must go on...









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