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domingo, 26 de outubro de 2014

Não sei que pedir aos Deuses

 
 
 



Vou ficar aqui. Queria chorar e não consigo. Quieta à mercê dos caprichos do tempo impiedoso. Daquele que passa e do que não passa. Vou ficar aqui, amachucada, a adiar viagens, encontros e sonhos. A fingir que sou forte, que estou presente. Aqui a morrer devagarinho...
Amanhã é longe demais. Nunca, é muito tempo. Para sempre, também.
Vou ficar aqui quieta.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Será por "isso" que não me habituo a" isto"?


 



"Nas ruas calcetadas de Granada, sob as majestosas torres do Alhambra, ecoam música e segredos. Sónia Cameron não sabe nada sobre o passado chocante da cidade; ela está lá para dançar. Mas num café sossegado, uma conversa casual e uma colecção intrigante de fotografias antigas despertam a sua atenção para a história extraordinária da devastadora Guerra Civil Espanhola.
Setenta anos antes, o café era a casa da unida família Ramirez. Em 1936, um golpe militar liderado por Franco destrói a frágil paz do país, e no coração de Granada a família testemunha as maiores atrocidades do conflito. Divididos pela política e pela tragédia, todos têm de tomar uma posição, travando uma batalha pessoal enquanto a Espanha se autodestrói."


Resisti 2 anos a este livro tendo começado 4 vezes a lê-lo sem sucesso. Nem sabia bem porquê.
Finalmente rendi-me à insistência e fiquei siderada. Confesso que de Espanha sei muito pouco, sei da história do nosso curriculum escolar e nunca nutri muita simpatia pelo assunto. Por aqui, ninguém fala dessa história recente, embora muitas das pessoas que conheço tenham tido um familiar que combateu nesta guerra horrenda.
Devo dizer que desde dor de estômago a vómitos e lágrimas, aconteceu-me de tudo Devo dizer que não teria visitado sítios como o Vale dos Caídos ( onde me senti mal e chorei muito) se tivesse lido  este livro antes.
Tenho vontade de ler e saber mais. Mas ao mesmo tempo sinto repulsa. Essa má energia ficou gravada no solo.
Foi o holocausto espanhol. Abominável!





segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sou uma "de Oliveira Lopes" com muito orgulho


Pretensiosismo e possidoneira cada qual toma a que quer. Como tenho vindo a dizer, estou velha para este mundo, ou sou anti social sendo que fazer fretes não é o que o médico me receitou, ou é só mesmo mau feitio.
Pois que alguém da família do meu companheiro de vida resolveu juntar um ramo da família, duma árvore "ginecológica" daquelas com nome pomposo mas que começaram por ser ilegítimos e, deram-se ao trabalho de trazer gente de todo o lado, desde o Brasil à Suécia, numa confraternização com ares de casamento pimba. Dos mais chegados aos que nunca se viram houve de tudo, sendo que mesmo os mais chegados se encontram uma vez em cada 10 anos. Desde as lantejoulas à naftalina foi tudo muito agradável.
Ora eu que até fui "banida" à nascença na minha aparição de pára quedas neste mundo dos bem, eu que sim, sou da plebe e nada tenho a ver com o assunto, fui arrastada para este evento maravilhoso (NOT), assim como os meus enteados que ao ver passar os slides dos tetravós de há 2 séculos iam fazendo comentários de me partir a rir ( e que quem me conhece sabe da minha gargalhada solta, estridente e verdadeira) o que pode ter chocado as personalidades brasonadas. Ele era brinde e mais brinde, lembrança atrás de lembracinha, palavras de dar graxa ao cágado, bolo com brasão, enquanto que em voz baixa se ía perguntando: Mas quem é aquele? E a explicação perdia-se logo num emaranhado que quem casou com quem e depois morreu de um ataque de caspa enquanto atravessava a rua. Assuntos para desligar os motores e seguir em piloto automático, com uma bela garrafa de tintol por companhia e o sorriso 33 estampado no rosto.

Então eu, que bem contados tenho 7 parentes e se não souber de 4 durmo tranquilíssima, pergunto-me:
Que fiz para merecer isto?

Fugi assim que pude e fui fotografar o Outono que sempre é cá dos meus.
E depois fui depressa aos abraços, beijos e mimos da família que a vida me deu e que eu escolhi. Isso sim, doces momentos.